O que leva os alunos a abandonar o Ensino Médio?

Escrito por Carina Fragozo
Em recente pesquisa realizada pelo Instituto Unibanco, 3.365 estudantes foram entrevistados a fim de investigar-se os motivos que levam alunos de Ensino Médio (EM) a abandonarem a escola, sendo 2.765 alunos de escolas públicas em MG e 600 jovens que haviam largado os estudos entre 2006 e 2009.
Os resultados não são novidade, mas não deixam de impressionar. Seguem alguns aspectos relacionados ao abandono do EM:
– Ter luz em casa aumenta as chances de permanência em 234%
– A gravidez amplia o risco de abandono em 352%
– Cada ano gasto a mais no decorrer do EM aumenta em 77% as chances de desistência.
Além disso, muitos alunos mencionaram fatores como a dificuldade em conciliar trabalho e estudo como uma “pedra no caminho”. 
Apesar da expressividade desses resultados, tais aspectos parecem ser mais voltados aos problemas socio-econômicos do país como um todo. Entretanto, em outra parte da pesquisa, fica mais claro o que os alunos esperam de nós, professores:
– 48,8% dos alunos cursantes revelaram que, quanto mais o professor enche o quadro de matéria, mais vontade eles tem de sair.
– Apenas 35,9% dos alunos cursantes afirmaram que a maioria dos seus professores se preocupa em esclarecer dúvidas das matérias ensinadas. 
A pesquisa ainda apontou o que os jovens esperam da escola:
– Que seja atrativa, agradável e acolhedora
– Que as aulas sejam dinâmicas, com professores capacitados para o uso da internet
– Que seja criado um espaço de diálogo entre gestores, professores e alunos para que novas ideias surjam e para que haja interesse e permanência na escola.
A partir dos resultados da pesquisa, é preciso que nós, professores, pensemos sobre o que podemos ou não fazer para atrair os alunos para as escolas. Um dos aspectos discutidos na pesquisa, e que eu concordo plenamente, é a atual “avalanche curricular”. Acredito que nem Einstein poderia aprender o bombardeio de matérias escolares propostas nos currículos atuais. Com isso, disciplinas importantes como a língua estrangeira (sim, puxei a sardinha para o meu lado), acabam tendo apenas 50 minutos semanais, o que dificulta muito a aprendizagem eficaz. A proposta seria ENSINAR MENOS para APRENDER MAIS. 
Além disso, é essencial que os professores contextualizem o conteúdo escolar, mostrando a utilidade do que se aprende na escola. Muitas vezes, o que a escola ensina acaba não sendo relacionado com a vida do aluno e isso tende a distanciá-lo da escola.
É possível, também, que os professores convençam os alunos sobre a eficácia dos estudos. De acordo com a pesquisa, vislumbrar que o estudo lhe trará melhores oportunidades na vida aumenta em 50% as chances de permanência do aluno na escola. Assim, podemos apontar exemplos de jovens da mesma classe social dos alunos que, através do estudo, obtiveram sucesso na vida.
Enfim, é fundamental que os professores percebam que a atual realidade de ensino impõe que sejamos capazes não apenas de ensinar conteúdos, mas de formar cidadãos críticos capazes de refletir sobre seu próprio aprendizado. 

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