Por que o americano fala "enrolado"?

Escrito por Carina Fragozo
Muitos já ouviram falar de pessoas que estudam inglês no Brasil por anos e  que, quando chegam nos Estados Unidos, sentem um baque por não conseguir compreender a pronúncia nativa. Tudo parece ‘enrolado’ e o listening requer mais esforço do que nos cursos de inglês.
Isso ocorre por vários motivos, mas hoje falarei sobre apenas um deles, que aprendi durante um workshop com o brilhante Mehmet Yavas, autor do Applied English Phonology. Falantes nativos americanos “CORTAM” letras, sem dó nem piedade! Mas isso não ocorre de maneira caótica. Aqui vai uma regra que se aplica em praticamente todas as variantes americanas.

Em uma palavra com INTERNET, por exemplo, dificilmente o americano pronunciará o primeiro ‘t’, o que faz a palavra soar como “inernet”. O mesmo ocorre com INTERNATIONAL, que se torna “inernational”. Já sacaram a regra? Here it goes: todo [t] após um som nasal será deletado. Simples, não?
Esse apagamento pode causar alguns problemas por criar palavras homófonas (mesmo som, mas com significado diferente). “W[iner] games” seria o contrário de “summer games” ou de “loser games”? Novamente, nosso amigo contexto nos dirá que provavelmente de “summer games”!

Mais exemplos:
dental floss  = de[na]l floss
rental car = re[na]l car
center = ce[ne]r


Segundo Yavas,  a pronúncia do [t] nesses casos é possível no Inglês Americano, mas soa artificial. Mas será que são somente os americanos que “engolem” sons? É claro que não! Britânicos ‘cortam’ o [r] em final de sílaba e nós, falantes de português brasileiro, ‘cortamos’ sons como o [i] de queijo e o [r] de comer, por exemplo.
Assim, falantes de outras línguas, ao aprender o português, também têm as mesmas dificuldades que temos durante o aprendizado de outra língua. Quer um exemplo? Imagine um estrangeiro aprendendo a se desculpar. Em aula, ele aprende uma palavra com três sílabas: DES-CUL-PE. Acontece que, na fala natural, as coisas não são tão claras assim! Para exemplificar, ouçam a seguinte música, em 0:22:


O que o Nando Reis fala está longe de ser a palavra com três sílabas mencionada acima,não é? Assim, essa postagem acaba caindo no óbvio: para aprender (bem) uma língua estrangeira, além de estudar pelos livros e pelas atividades de áudio oferecidas nos cursos, é ESSENCIAL ter contato com a língua em contextos mais “naturais”, seja em músicas, na TV ou em filmes.

Para quem tiver interesse em aprender mais sobre a fonologia do inglês, recomendo fortemente o Applied English Phonology! You can buy it on the INERNET!!!

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